quinta-feira, 27 de abril de 2017

Sim, a escola está destruindo gerações


Aviso: texto longo e disruptivo, com reflexões polêmicas que requerem uma grande capacidade de abstração e um desprendimento dos modelos vigentes. Estou avisando antes pra você não perder seu tempo, caso ache que está tudo certo no mundo.


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Por que uma criança deve estudar?


Para ser formada como cidadã que terá um papel na sociedade, trabalhando para ter seu sustento, para realizar seus sonhos e colaborar com os menos favorecidos.


O estudo não tem um fim em si mesmo, do tipo “o estudo dignifica o homem”. Não, o trabalho dignifica o homem. Ou seja, o que você realiza dignifica. Logo, numa determinada fase de sua vida você supostamente deveria se preparar para numa outra produzir e gerar valor.


O estudo sem propósito é perda de tempo. Essa afirmação soa quase como uma heresia escandalosa aos ouvidos de quem por anos foi condicionado a pensar no estudo como atividade fim e não como meio. Estudar por estudar é típico de alguém que ainda não encontrou seu propósito e por isso continua fazendo as coisas por fazer.


No entanto, o ato de estudar, ou seja, participar de uma classe a fim de adquirir informações sobre as disciplinas definidas pelo governo está muito longe de ser o suficiente para preparar alguém para adquirir essa relevância na sociedade. Até porque a definição do currículo escolar foi feita há quase um século.


Porém, o mundo mudou, as necessidades mudaram, as ferramentas são outras e a quantidade de informação a que nossos jovens são expostos é muito maior. Não é por acaso que, como consequência dessa realidade, testemunhamos o aumento brutal no diagnóstico de TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção por Hiperatividade, o que fez com que drogas como a Ritalina tenha encontrado no Brasil seu segundo maior mercado consumidor do mundo. Nossas crianças é que estão doentes ou seriam as nossas escolas?


Aquela escola que tem o papel de transferência de conteúdo a cada dia se torna mais insignificante, num mundo onde as informações estão acessíveis a todos, à distância de apenas um clique.


Por isso, o modelo educacional vigente está falindo e definhando a cada ano. Isso acontece sem que muitos envolvidos nesse processo estejam percebendo. Até porque esse modelo está associado às formas mais convencionais de sustento de um cidadão, que é o emprego. Por sua vez, o emprego tradicional, na forma como conhecemos, perde valor a cada dia, enquanto outras formas de produção ganham mais espaço no mundo. Marketing multinível, produção de conteúdo na internet, micro-franquias, vendas diretas, marketing digital, dentre outros modelos que têm crescido em todo o mundo e que já contam com milhões de pessoa dedicando-se a eles.


Não quero entrar no mérito de discutir sobre cada um desses modelos, mas a existência deles e seu crescimento é a maior prova de que as pessoas estão cansadas de se sentirem escravas, de terem suas agendas tomadas e não terem tempo para desfrutar da família e da vida em troca de um salário sobre o qual não têm controle.


Com o aumento do trânsito nas grandes cidades, das filas intermináveis e engarrafamentos de desafiarem os nervos, aliado ao aumento da violência urbana, tem provocado um aumento nos casos de síndrome do pânico. Como resultado, o consumo de educação pela internet, por exemplo, não para de crescer.


Por que alguém vai pegar um carro, dirigir por minutos ou horas, correndo risco de ser assaltado, gastando com estacionamentos cada vez mais caros, para ir numa faculdade? Ele estuda online, gasta menos, com qualidade e ainda sobra mais tempo para trabalhar, construir seus projetos, fazer outras coisas de que gosta ou simplesmente viver a vida.


Vamos agora falar sobre conteúdo. Eu vejo muito, mas muito valor na pré-escola. É o momento em que a criança tem uma de suas primeiras experiências sociais, desenvolve suas habilidades cognitivas, coordenação motora e é alfabetizada. É uma educação altamente produtiva.


Da 1ª a 4ª séries, a concentração em português, matemática e ciências, traz um conteúdo interessante e importante para a base da educação dessa criança. O problema é que o formato falido da educação vigente já começa a colocar a cabeça para fora. Estou falando de uma sala enfileirada, a maldita prova que induz a decoreba e a busca por notinhas na média começam a aparecer nessa fase. Uma pena, pois apesar desse formato nojento, o conteúdo dessa fase é bem importante.


Da 5ª série até o último ano do ensino médio é quando tudo desanda. Ou seja, entre os 11 e 17 anos. Algum pedagogo infeliz definiu esse conteúdo a ser despejado no cérebro dos jovens. A quantidade de informações inúteis, desnecessárias e irrelevantes é impressionante.


Nessa fase, seria imensamente importante a preparação para a vida. Não me refiro a preparação para o emprego. Não! Falo de preparação para a vida mesmo.


Até hoje, sou capaz de montar no mínimo 70% de uma tabela periódica, com os elementos químicos e suas posições organizadas em grupos. Não vou recitar o nome deles aqui para não ficar chato. Até hoje não esqueci e não me pergunte a razão. O fato é que essa informação ocupa um espaço valioso em meu cérebro que não me serve para nada. Talvez se eu trabalhasse com farmácia ou química industrial tivesse algum valor, mas não para 99% das pessoas. Se é inútil para 99% das pessoas, por que perder tempo com isso na escola?


Para não detalhar muito entrando em muitos detalhes, para resumir, eu me atrevo a dizer que mais de 70% do que se estuda entre a 5ª série e o 3º ano do ensino médio não tem sentido algum e ficará no esquecimento. Sou exceção que me lembro de pelo menos 70% da tabela periódica e do nome dos elementos químicos dos principais grupos. É o seu caso? Você se lembra dos nomes dos elementos químicos que fazem parte do grupo dos metais alcalinos? Se a resposta é não, você não está perdendo nada. Se você se lembra, desde a 8ª série, que este grupo é formado por Lítio, Sódio, Potássio, Rubídio, Césio e Frâncio, como eu acabei de me lembrar, aconselho procurar um médico.


Pense comigo. Não seria mais importante que os nossos jovens estudassem e fossem treinados para:


1. Falar em público - Estatisticamente, falar em público é o maior medo das pessoas. Elas não têm boa oratória, o que é muito importante para o crescimento profissional e liderança. Como alguém passa mais de 15 anos participando de uma educação que não o preparou para ter uma boa oratória? Foi falta de tempo? Não. Você estava ocupado estudando as briófitas, as mitocôndrias ou decorando os gases nobres.


2. Direito - Não me refiro ao Direito estudado por quem deseja ser um advogado, mas ao direito de cada cidadão. As regras do jogo. Quer jogar o jogo sem saber as regras? Falo em direito do consumidor, direito civil, direito tributário, direito comercial...


3. Nutrição - As taxas de obesidade crescem em todo o mundo. Nutrição é algo que deve ser estudado todas as semanas.


4. Finanças pessoais - O nível de endividamento, cálculo de juros para financiamentos, negociação, gestão de seu patrimônio etc. É inacreditável que se perca tanto tempo numa escola sem aprender a gerir a sua própria vida.


5. Inteligência emocional - Como reagir a situações adversas, aprender a perder para ganhar, saber se colocar no lugar dos outros, empatia, de novo liderança, saber trabalhar em grupo, como lidar com a ansiedade, com as frustrações, com o medo etc.


6. Empreendedorismo - Não apenas na forma de se ter uma empresa, mas também como empreender numa carreira profissional, empreender com a mesada, estímulos para startups na internet, blogs, conteúdo no YouTube e redes sociais com o foco na criação de audiências.


7. Esporte em alta performance - O esporte traz consigo ensinamentos importantíssimos para a vida. Foco, trabalho em equipe, inteligência emocional, determinação, trabalho em grupo. O esporte é riquíssimo para o desenvolvimento dessas habilidades.


8. Primeiros socorros e principais conhecimentos sobre o atendimento de jovens velhos e crianças.


9. Política e sociologia de forma isenta e não doutrinária.


10. Serviço social e trabalho voluntário em comunidades carentes. Além da experiência valiosíssima de lidar com os mais necessitados, a abordagem humana e ter acesso às contradições da sociedade trariam questionamentos valiosos para os futuros pensadores.


11. Idioma estrangeiro com qualidade - Ter inglês como disciplina estudada em todas as escolas e apenas 3% da população dominar o idioma é mais uma prova do fracasso do modelo educacional vigente. É inaceitável que menos de 100% de nossos alunos cheguem ao final do ensino médio e não falem no mínimo 3 idiomas. Tem tempo para isso, mas a competência das escolas atuais passa longe.


12. Na língua portuguesa, interpretação de textos e redação. Uma atividade a ser desenvolvida todos os dias. Treinando a forma e desenvolvendo pensadores que se expressam muito bem, tanto de forma oral como escrita. Experimente pedir para um grupo de 100 jovens recém formados numa universidade para eles escreverem uma redação para você ver o nível baixíssimo de anos estudando nesse sistema vigente.


Responsabilidades


O governo é responsável por esse modelo pouco produtivo de educação. O MEC é quem regula isso e impõe às escolas esse currículo. Ou seja, se uma escola decidir ensinar tudo o que disse acima e abolir a tabela periódica, por exemplo, ela, mesmo privada, poderá ter seu registro cassado e seus alunos terão um diploma não reconhecido.


Até o ano passado, fui sócio de um grupo educacional expressivo com mais de 1.800 escolas de ensino médio e fundamental no Brasil, que tem mais de 500 mil alunos. Conheço bem o que digo. Vendi para o fundo soberano do Governo da Cingapura.
Meus filhos, 15, 13 e 4 anos de idade, sabem tudo o que penso a respeito desse assunto e por dois anos ficaram fora da escola. Estudaram em casa, enquanto moramos na Espanha e Inglaterra. Aqui em Portugal, eles voltaram para uma escola convencional, mas a educação deles não pertence a essa escola, ainda que seja considerada uma das melhores da Europa. Eles aprenderam a jogar o jogo e nos dedicamos a prepará-los dentro de outros paradigmas, muito longe de alguns conceitos ensinados lá dentro.



Talvez um dia eu realize o sonho de construir uma escola que contrarie tudo isso, que peite esse esquema, que ignore a falsa importância de um diploma e que forme pessoas para serem relevantes na sociedade com todas as habilidades acima, em vez de uma manada de seres humanos padronizados em busca de um diploma para arranjarem um emprego e pagarem suas contas. Agem assim, porque foram ensinados assim, treinadas assim e adestradas desse jeitinho.



Fonte: Flávio Augusto - http://www.administradores.com.br/

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Feirinha de Artesanatos e Artes de Lages - (13/05 - sábado)

A imagem pode conter: atividades ao ar livre

Acontece na Praça Joca Neves no dia 13/05/17 (sábado), a partir das 10 horas a Feirinha de Artesanatos e Artes de Lages.

Na nossa Feirinha teremos Venda de Artesanato, Antiguidades, Moda Alternativa, Vinis Raros; Varal de Riscos e Rabiscos- Varal de 36 metros com exposição com poemas, contos, cronicas, desenhos.....;Apresentações dos Artistas do Chapéu - Apresentações de Teatro, Contação de Histórias, Malabares e Música, onde vc paga pela apresentação com o que vc acha que vale ou com o que tem depositando no chapéu; Banca de Comida Vegana; Jam Sessions; Rádio Musical Box ao Vivo com o melhor do soul, reggae, blues, rock, progressivo e mpb, Tenta Vozes da Serra, Exposição de Poesias em Braille e muito mais.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Escolas Inteligentes e Disruptivas

Muito tem se falado sobre novos modelos de ensino, escolas democráticas, participativas, escola invertida, mas afinal, o que será que funciona para termos um ensino produtivo e motivador para essa geração "Pós Millenium"?

Em grupo (5 alunos), realizar pesquisas, elaborar um trabalho para entregar (capa, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências) e montar uma apresentação sobre Escolas Inteligentes e Disruptivas "Smart School".

Questões a serem respondidas:
* Por que a escola de hoje não funciona?
* Como deveria ser a escola?
* Como deveriam ser as aulas?
* Quais os métodos pedagógicos que funcionam para esta nova geração?
* Por que estudar?
* Quais as alternativas possíveis para nós?
* Quais os exemplos que funcionam pelo mundo?


disruptivo

Tecnologia Disruptiva - Designação atribuída a uma inovação tecnológica (produto ou serviço) capaz de derrubar uma tecnologia já preestabelecida no mercado.


As escolas do futuro já existem
O uso dos computadores e da internet revolucionou a maneira como as pessoas compram, trabalham e se comunicam. Depois de muitas tentativas e muitos erros, os educadores começam a perceber o que funciona na sala de aula.



O papel da educação é transformar | Ya Jen Chang | TEDxLages



Educação compartilhada | Ana Rauta and Gisele Giacomin | TEDxLages




Educação híbrida, disruptiva e colaborativa: os desafios do século XXI
Os provedores públicos e privados de educação têm que preparar jovens e adultos para a nova economia

Site Administradores.com:http://www.administradores.com.br/noticias/academico/educacao-hibrida-disruptiva-e-colaborativa-os-desafios-do-seculo-xxi/108574/


Escolas mais inovadoras do mundo apostam na autonomia dos alunos
Reportagem mostra instituições em que a aprendizagem é baseada em desenvolvimento de projetos, personalização do ensino e uso de tecnologia.

Site Exame: http://exame.abril.com.br/revista-exame/as-escolas-do-futuro-ja-existem/



Reportagem do Fantastico - Rede Globo
Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/08/escolas-mais-inovadoras-do-mundo-apostam-na-autonomia-dos-alunos.html


DESTINO: EDUCAÇÃO - Canal Futura
Em formato de documentário, Destino: Educação tem sete episódios. Os seis primeiros mostram a realidade educacional país a país. Intimista, a série entra na sala de aula, se aproxima dos alunos, conversa com professores e vai até a casa dos estudantes para mostrar a rotina de estudos e conversar com os pais. A partir desses personagens, constrói o contexto político, histórico, social e cultural do local, além de colher depoimentos e análises de especialistas, entre eles o criador do PISA, Andreas Schleicher. No sétimo, o público acompanha um episódio mais geral para o fechamento de tudo o que se viu na série.
O objetivo é oferecer um olhar internacional sobre a educação sem buscar fórmulas prontas ou julgamentos, mas destacar as soluções e estratégias encontradas em cada sistema educacional a partir da visão somente daqueles que estão inseridos na realidade retratada. Para evitar distorções, o programa foi até escolas que representavam o padrão nacional, evitando as que estavam muito acima ou abaixo da média.
Qual a preocupação dos governos com o ensino? O que eles têm feito para melhorar os indicadores de qualidade e como isso é percebido no aprendizado desses alunos? Qual a articulação entre as políticas macro e as práticas do dia a dia escolar? Como valorizar e formar o elemento-chave do processo, o professor? Quem são as pessoas que estão por trás dos bons resultados do PISA? A família tem realmente papel decisivo na educação?. Essas são algumas das questões debatidas.

Fonte: http://www.futura.org.br/programas/destino-educacao/guia-de-episodios-destino-educacao/


quinta-feira, 6 de abril de 2017

E se os políticos fossem contratados pelos headhunters

Pode parecer uma heresia falar em contratação de político através de headhunters¹, mas você sabia que já aconteceu isso na América Latina?
Em julho de 2000 foi eleito no México o ex presidente da Coca Cola na América Latina Vicente Fox. Naquele ano ele contratava uma famosa empresa de hunting, através de uma licitação internacional, para selecionar profissionais de alto escalão do governo - de secretários a assessores de gabinete. A empresa vasculhou o país à procura dos mais competentes executivos mexicanos. Em dois anos de mandato, o PIB do México já ultrapassava o do Brasil, embora não somente por essa razão. Fox introduziu no governo mexicano uma boa dose de práticas de gestão de recursos humanos características da iniciativa privada. As contratações foram encomendadas à consultoria Korn Ferry, e os serviços de treinamento foram solicitados à Franklin Covey para capacitar equipes de várias áreas.
No Brasil ainda não tivemos nenhum presidente, após as eleições diretas, que veio da iniciativa privada, ou tenha sido administrador ou engenheiro. Mas assim como ocorre em São Paulo (alguns podem dizer que é muito cedo para avaliarmos), o sistema baseado em gestão parece ser a melhor estratégia para a organização de uma cidade ou país. Nos Estados Unidos, o ex prefeito bilionário de Nova Iorque Michael Bloomberg realizou uma gestão na qual tornou a cidade mais segura e limpa. Suas tentativas de fazer com que os nova-iorquinos ficassem mais saudáveis (proibição do fumo em locais públicos, informações de calorias em menus) foram abraçadas apesar da insatisfação inicial. Realizou projetos municipais voltados para jovens pertencentes a grupos minoritários, e a sua fundação doou US$ 30 milhões a iniciativas desse tipo.
Apesar de tanta polêmica ocorrida nos Estados Unidos pela eleição favorável a Donald Trump, eu ainda prefiro acreditar que administrar um país como se administra uma empresa é a melhor forma de poder colocar as melhores pessoas nos cargos estratégicos. As empresas de sucesso tem finanças balanceadas, tratam da saúde de seus funcionários, dão segurança em seus trabalhos, fazem treinamento constantes (educação) e estimulam seus funcionários a se especializarem, e principalmente integram seus funcionários em uma comunidade visando o bem comum. Por acaso isso não é similar a governar um país?
Não tenho afinidade com nenhum partido político e também não estou entrando no mérito do político no tocante a integridade (isso é básico de que corrupção é um mal danoso para qualquer gestão), mas o Brasil já deu exemplos no passado de bons gestores. Em Curitiba, nas décadas de 70 e 80, um urbanista conseguiu elevar a cidade a símbolo de gestão de transporte na qual beneficia a cidade até hoje, através de planejamento e expertise, hoje este gestor é consultor de Urbanismo nas Nações Unidas. Compartilho que quanto mais conhecimento e gestão de negócios mais um país ou empresa podem ter sucesso. Todos além de terem aliados capacitados (uma equipe formada com conhecimento em cada setor) devem possuir formação para administrar o seu negócio. Presidentes da GE, GM , Johnson & Johnson e Philip Morris, têm MBA em Harvard, Stanford, Wharton e Insead respectivamente, além de terem equipes e sucessor altamente qualificados. Essas formações não são garantia de sucesso porém eles estão preparados para diminuir a margem de fracasso significativamente com as suas aptidões, assim como em um governo o gestor político terá muitas adversidades porém saberá tomar decisões baseado em sua experiência e com troca de conhecimento com a sua equipe, assim como funciona em empresas de sucesso.
É importante que nós não dependamos do governo (apesar de ser quase impossível alguém sobreviver com um salário mínimo, ou com situações de quase extrema pobreza em algumas regiões), para poder criarmos nossos filhos como formadores de opinião e municiá-los de educação, ética e senso do que é certo. Eu ainda acredito nessa geração de jovens talentos que vimos aqui mesmo no Linkedin, jovens empreendedores que fazem acontecer e que estão aprendendo que uma boa gestão somada a este ímpeto de querer crescer, possam sim realizar feitos.
Sem demagogia mas com o pensamento de que uma empresa ou país podem e devem ser administrados com pessoas com propósitos, pois administradores como Bill Gates e Warren Buffet apesar de serem bilionários e já terem deixado seus legados ainda doam bilhões a causas filantrópicas para um mundo melhor.
Fonte:  - Linkedin
headhunters¹ - Recrutador ou Headhunter é uma pessoa ou empresa especializada na procura de profissionais ou executivos talentosos. A remuneração de um headhunter é geralmente uma percentagem do salário anual inicial do candidato recrutado. A sua participação nos processos de recrutamento pode ser importante quer para o candidato, quer para a empresa recrutadora, pela análise e identificação concreta das necessidades desta última. É importante para o bom trabalho do headhunter que o candidato contratado se adapte e traga resultados à empresa que o contratou, sendo este o verdadeiro indicador de sucesso do recrutador.

1ª Feirinha de Artesanatos e Artes

Acontece nesse sábado, dia 08 de abril, na Praça Joca Neves a 1ª Feirinha de Artesanatos e Artes.
Inicio a partir da 10 horas até a 17 horas.



Serão diversos expositores de arte, cultura,  ideias, artesanatos, poesias e boas vibrações.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Pecados Capitais

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Os conceitos incorporados no que se conhece hoje como os sete pecados capitais tratam-se de uma classificação de condições humanas conhecidas atualmente como vícios, que precedem o surgimento do cristianismo, mas que foram usadas mais tarde pelo catolicismo com o intuito de educar os seguidores, de forma a compreender e controlar os instintos básicos do ser humano e assim se aproximar de Deus.
A Igreja Católica classificou e selecionou os pecados da seguinte forma: a tríplice concupiscência que é a raiz dos pecados capitais; pecados capitais que são os pais dos outros vícios; pecados veniais¹ que são perdoáveis sem a necessidade do sacramento da confissão e os pecados mortais que são merecedores de condenação por ferirem os dez mandamentos de Deus. A partir do início do século XIV a popularidade dos sete pecados capitais entre artistas da época resultou numa popularização e mistura com a cultura humana no mundo inteiro.

Os sete pecados capitais:

Gula

A gula é o desejo insaciável por comida e bebida. Segundo tal visão, a gula também está relacionada com o egoísmo humano: querer adquirir sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça. A gula seria controlada pelo recurso à virtude da temperança.

Avareza

A avareza ou ganância é o apego excessivo e descontrolado aos bens materiais e ao dinheiro. Pois o avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar como se fosse Deus algo que não o é. É considerado o pecado mais tolo, por se firmar em possibilidades.

Luxúria

A luxúria é o desejo passional e egoísta por todo o prazer corporal e material. A luxúria é definida, por vezes, como desejo perante o prazer sexual mal administrado, embora incorpore outros tipos de desejo, como o da comida, o da bebida e o da superioridade em relação aos demais. Por este entender, a luxúria está também bastante relacionada com a gula, a soberba e a avareza, pois, através de ambas, o pecador deseja adquirir o prazer. Também pode ser entendida em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.

Ira

Conhecida também por cólera, é o sentimento humano de externar raiva e ódio por alguma coisa ou alguém. É o forte desejo de causar mal a outrem e um dos grandes responsáveis pela maior parte dos conflitos humanos no transcorrer das gerações.

Inveja

A inveja é o desejo exagerado por posses, status, habilidades e tudo que outra pessoa tem e consegue. É considerada pecado porque uma pessoa invejosa ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. O invejoso ignora tudo com que foi abençoado e que possui, para cobiçar o que é do próximo.
A inveja é frequentemente confundida com o pecado capital da avareza, um desejo por riqueza material que pode ou não pertencer a outrem.

Preguiça

A pessoa com este pecado capital é caracterizada pela Igreja Católica como alguém que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva a uma inatividade acentuada.

Soberba

A soberba é conhecida também como vaidade ou orgulho. Está associada a orgulho excessivo, arrogância e vaidade.
Em paralelo, segundo o teólogo São Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grande que ficava fora de série, devendo ser tratada em separado dos restantes pecados e merecendo atenção especial. Aquino tratava a questão da vaidade como sendo um pecado em separado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, o que levaria ao seu estudo e ao seu tratamento conjuntos.

¹ - São os pecados veniais: os pecados menos graves, que não causam a perda do estado de graça, mas que são também muito prejudiciais à vida espiritual da pessoa. Não chega a quebrar a aliança com Deus. Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento. Quando acontece uma falta, mas que não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, tais pecados são veniais.
Podemos comparar o pecado venial àqueles matinhos que se juntam ao pé das plantas; não as matam mas as impedem de se desenvolverem plenamente porque sugam a seiva da terra que deveria ser só da planta. É por isso que o bom agricultor tira frequentemente essas ervas daninhas, essas tiriricas, que crescem rapidamente e que têm raízes profundas. É fundamental que elas sejam retiradas com as raízes e não apenas cortadas, pois, é incrível a rapidez com que crescem. Diz um provérbio chinês que não é a erva daninha que mata a planta, mas a preguiça do lavrador.

Fonte: wikipedia

Somos todos pecadores

Ninguém pode atirar a primeira pedra. E não é por acaso - mesmo os mais mundanos dos sete pecados capitais tiveram um papel crucial na evolução humana.


Há 40 anos, Roberto Carlos questiona: por que será que tudo que a gente gosta é ilegal, imoral ou engorda?
Porque até o rei é humano – e o pecado é inerente à nossa existência. É claro que a percepção dessas falhas de comportamento é muito anterior ao sucesso da Jovem Guarda. Os sete pecados capitais já haviam sido identificados pelos gregos e foram organizados na Idade Média pelo papa Gregório I. Em 1273, ganharam a forma atual pelas mãos de são Tomás de Aquino, na Suma Teológica, uma das bases dos dogmas católicos. E os sete pecados capitais – ou mortais – são aqueles que levam o pecador direto para os braços do capeta, no inferno.
Seja você cristão, muçulmano ou ateu, a mais famosa lista de pecados está entranhada no seu dia a dia. Em maior ou menor grau, cedo ou tarde, você vai esbarrar na gula. Ou na luxúria. Quem sabe um pouco de preguiça? Uma pitada de inveja, de avareza ou ira? Se você acha que nunca peca, creia: está sendo, ao menos, soberbo. Considerando ou não essas ações pecados no sentido literal da palavra, a verdade é que eles são parte integrante do nosso funcionamento como humanos – e há centenas de milhares de anos. “Em relação aos comportamentos categorizados como pecados capitais, a primeira coisa que sabemos é que todos se referem a processos neurobiológicos majoritariamente básicos, processos que envolvem largamente regiões primitivas do cérebro”, diz Pedro Furtado Calabrez, professor de filosofia e neurociência da ESPM-SP.
É lógico que fome e sexo são necessidades de primeira linha para a sobrevivência das espécies. Mas e que tal descobrir que a avareza, a raiva e até a inveja tiveram um papel fundamental na evolução humana? “Biologicamente, os pecados são ações que beneficiam a mim ou a meu grupo”, diz o biólogo Michael Soulé, professor emérito de estudos ambientais da Universidade da Califórnia, nos EUA.
Ou seja, é natural que os mais pecadores tenham se dado melhor ao longo do tempo. “Percebemos que os comportamentos e pensamentos categorizados no que chamamos de pecados estão, muitas vezes, enraizados na nossa biologia devido a processos evolutivos que trouxeram, de maneira direta ou indireta, sucesso reprodutivo para os genes de nossos ancestrais”, afirma Calabrez. Um exemplo é a luxúria. O professor afirma que nossos ancestrais com interesse maior por sexo e que obtinham grande prazer na prática tiveram maior sucesso reprodutivo. “Nós herdamos nossos genes desses ancestrais. Por isso sexo é parte tão crucial de nossa vida.”

Impulsos controlados

Isso não quer dizer que tenhamos carta branca para sair afrontando o divino por aí – já que, se os pecados vêm das amídalas e das regiões mais primitivas do cérebro, contamos com as áreas mais desenvolvidas para frear os impulsos. Porém, são relativamente jovens: não competem de igual para igual com esses instintos antigos. “Fazemos dieta. Fazemos greve de fome. Fazemos votos de castidade. Mas, ao mesmo tempo, sabemos quão difícil é manter dietas, greves de fome e votos de castidade, entre tantas outras promessas que fazemos em relação aos nossos impulsos”, diz Calabrez. É que as estruturas evolutivamente novas do cérebro, responsáveis pelas funções superiores, como planejamento, ponderação e tomada de decisão, estão presentes na natureza há pouco tempo. Estima-se que o cérebro humano, tal como encontramos hoje, tem apenas 150 mil anos. “Se considerarmos que as primeiras formas de vida existentes datam de mais de 3 bilhões de anos atrás, percebemos que nosso cérebro é muito jovem”, afirma o especialista.
A região responsável por barrar os impulsos das amídalas é o córtex pré-frontal, uma fatia jovem do nosso cérebro. Estudos indicam que o número de conexões que vão das amídalas para o córtex é inferior ao número de conexões que se orientam na direção oposta. Isso pode explicar a dificuldade que temos em conter a raiva, por exemplo.
O ser humano é diferente, diz Calabrez. Essa desanimalização é crucial para a vida em sociedade. Se não fôssemos capazes de conter nossos impulsos básicos, viveríamos de maneira caótica. A questão é o que precisa ser refreado nesse processo. “Impulsos primitivos e emocionais podem ser fonte de bem-estar e felicidade, quando equilibrados, e de angústia e tristeza, quando não”, afirma o neurocientista. Mas essa medida quem dá é você.

Antídoto do pecado

Os sete pecados capitais não existem como uma lista formal na Bíblia, mas são tratados em diversas passagens do livro. São João Cassiano, padre da Igreja Católica no século 4, escreveu um tratado no qual apareciam oito pecados capitais – gula, luxúria, avareza, ira, melancolia, preguiça, orgulho e vanglória. A lista foi refeita pelo papa Gregório I no século 6, transformando-os em sete, e, no século 13, chegou ao formato atual. Segundo The Encyclopedia of Demons and Demonology, da especialista em assuntos paranormais Rosemary Ellen Guiley, em 1959, o demonologista alemão Peter Binsfeld relacionou cada pecado a um demônio, que estimula a falha. Mas há saída: na tradição cristã, as sete virtudes são antídotos contra os pecados – humildade contra soberba, paciência contra ira, temperança contra gula, diligência contra preguiça, caridade contra inveja, generosidade contra avareza e castidade contra luxúria.
Por: Clarissa Barreto - Revista Super Interesante
Leia a matéria completa no site da Super Interessante