quinta-feira, 6 de abril de 2017

E se os políticos fossem contratados pelos headhunters

Pode parecer uma heresia falar em contratação de político através de headhunters¹, mas você sabia que já aconteceu isso na América Latina?
Em julho de 2000 foi eleito no México o ex presidente da Coca Cola na América Latina Vicente Fox. Naquele ano ele contratava uma famosa empresa de hunting, através de uma licitação internacional, para selecionar profissionais de alto escalão do governo - de secretários a assessores de gabinete. A empresa vasculhou o país à procura dos mais competentes executivos mexicanos. Em dois anos de mandato, o PIB do México já ultrapassava o do Brasil, embora não somente por essa razão. Fox introduziu no governo mexicano uma boa dose de práticas de gestão de recursos humanos características da iniciativa privada. As contratações foram encomendadas à consultoria Korn Ferry, e os serviços de treinamento foram solicitados à Franklin Covey para capacitar equipes de várias áreas.
No Brasil ainda não tivemos nenhum presidente, após as eleições diretas, que veio da iniciativa privada, ou tenha sido administrador ou engenheiro. Mas assim como ocorre em São Paulo (alguns podem dizer que é muito cedo para avaliarmos), o sistema baseado em gestão parece ser a melhor estratégia para a organização de uma cidade ou país. Nos Estados Unidos, o ex prefeito bilionário de Nova Iorque Michael Bloomberg realizou uma gestão na qual tornou a cidade mais segura e limpa. Suas tentativas de fazer com que os nova-iorquinos ficassem mais saudáveis (proibição do fumo em locais públicos, informações de calorias em menus) foram abraçadas apesar da insatisfação inicial. Realizou projetos municipais voltados para jovens pertencentes a grupos minoritários, e a sua fundação doou US$ 30 milhões a iniciativas desse tipo.
Apesar de tanta polêmica ocorrida nos Estados Unidos pela eleição favorável a Donald Trump, eu ainda prefiro acreditar que administrar um país como se administra uma empresa é a melhor forma de poder colocar as melhores pessoas nos cargos estratégicos. As empresas de sucesso tem finanças balanceadas, tratam da saúde de seus funcionários, dão segurança em seus trabalhos, fazem treinamento constantes (educação) e estimulam seus funcionários a se especializarem, e principalmente integram seus funcionários em uma comunidade visando o bem comum. Por acaso isso não é similar a governar um país?
Não tenho afinidade com nenhum partido político e também não estou entrando no mérito do político no tocante a integridade (isso é básico de que corrupção é um mal danoso para qualquer gestão), mas o Brasil já deu exemplos no passado de bons gestores. Em Curitiba, nas décadas de 70 e 80, um urbanista conseguiu elevar a cidade a símbolo de gestão de transporte na qual beneficia a cidade até hoje, através de planejamento e expertise, hoje este gestor é consultor de Urbanismo nas Nações Unidas. Compartilho que quanto mais conhecimento e gestão de negócios mais um país ou empresa podem ter sucesso. Todos além de terem aliados capacitados (uma equipe formada com conhecimento em cada setor) devem possuir formação para administrar o seu negócio. Presidentes da GE, GM , Johnson & Johnson e Philip Morris, têm MBA em Harvard, Stanford, Wharton e Insead respectivamente, além de terem equipes e sucessor altamente qualificados. Essas formações não são garantia de sucesso porém eles estão preparados para diminuir a margem de fracasso significativamente com as suas aptidões, assim como em um governo o gestor político terá muitas adversidades porém saberá tomar decisões baseado em sua experiência e com troca de conhecimento com a sua equipe, assim como funciona em empresas de sucesso.
É importante que nós não dependamos do governo (apesar de ser quase impossível alguém sobreviver com um salário mínimo, ou com situações de quase extrema pobreza em algumas regiões), para poder criarmos nossos filhos como formadores de opinião e municiá-los de educação, ética e senso do que é certo. Eu ainda acredito nessa geração de jovens talentos que vimos aqui mesmo no Linkedin, jovens empreendedores que fazem acontecer e que estão aprendendo que uma boa gestão somada a este ímpeto de querer crescer, possam sim realizar feitos.
Sem demagogia mas com o pensamento de que uma empresa ou país podem e devem ser administrados com pessoas com propósitos, pois administradores como Bill Gates e Warren Buffet apesar de serem bilionários e já terem deixado seus legados ainda doam bilhões a causas filantrópicas para um mundo melhor.
Fonte:  - Linkedin
headhunters¹ - Recrutador ou Headhunter é uma pessoa ou empresa especializada na procura de profissionais ou executivos talentosos. A remuneração de um headhunter é geralmente uma percentagem do salário anual inicial do candidato recrutado. A sua participação nos processos de recrutamento pode ser importante quer para o candidato, quer para a empresa recrutadora, pela análise e identificação concreta das necessidades desta última. É importante para o bom trabalho do headhunter que o candidato contratado se adapte e traga resultados à empresa que o contratou, sendo este o verdadeiro indicador de sucesso do recrutador.

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